TEIUGUAÇU

O Teiuguaçu é um grupo de percussão que nasceu do desejo de preservar o folclore musical do maracatu de baque virado na região sudoeste da Bahia. Em termos sonoros, o maracatu é uma manifestação da cultura popular afro-brasileira, que, por vezes, incorpora elementos indígenas, sendo, portanto, uma expressão genuinamente brasileira. É caracterizado por esquemas rítmico-harmônicos repetitivos (baques) e pela estrutura vocal responsorial. Os instrumentos musicais utilizados pelo Teiuguaçu são originários do maracatu recifense:

Alfaia – Também chamadas de bombos. São tambores graves, de grandes dimensões, cujos bojos originalmente eram feitos do tronco da árvore Macaíba e seus aros feitos de Jenipapo. Com frases sincopadas e bem marcadas, são responsáveis pelas características principais de cada baque.

Gonguê – Instrumento formado por uma campânula de ferro e um cabo que serve de apoio. Tem o formato aproximado de um sino de ponta a cabeça ou um agogô de uma só boca. As frases rítmicas do gonguê são geralmente formadas por contratempos e sincopas com grande liberdade de improviso.

Caixa – Tambor agudo que possui na pele de resposta uma esteira ou bordão produzindo um som rufado e característico. Possui frases rítmicas com grande quantidade de notas o que dá a este instrumento a possibilidade de coordenar e harmonizar as alfaias. São as caixas, juntamente com os taróis, que dão a chamada para a entrada dos outros instrumentos.

Ganzá – Também chamado de mineiro, é um chocalho cilíndrico responsável pelos registros mais agudos do conjunto. Um dos instrumentos mais versáteis de nossa música. Possui inúmeras possibilidades de sutis variações rítmicas.

O maracatu foi registrado como forma de expressão e patrimônio Cultural do Brasil, aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

 Nossas Cores